tudo é provisóriamente eterno para os poetas... tudo é eternamente provisório para os amantes e o poema apenas a configuração do instante.

-Capinam-

17 de maio de 2009

10 motivos para dizer não à redução da maioridade penal.

Em defesa dos direitos da juventude, diga na à redução da maioridade penal:

1.Porque a desigualdade social é uma das causas principais da violência.

2.Porque o dia-adia da vida dos adolescentes e jovens está marcado pela violência da prostituição, do crime e do tráfico de drogas e com o agravante da ausência de perspectiva de renda decente, num país que não sabe o que é crescimento econômico sustentado nos últimos 25 anos.

3.Porque ainda são poucas as iniciativas do Poder Publico, das Instituições e da Sociedade na proposição e execução das Políticas Públicas para a juventude.

4.Porque sem a elevação urgente e necessária da escolaridade dos/as jovens empobrecidos, o Brasil não restabelece o diálogo com o futuro, posto que somente um de cada dois destes jovens estuda atualmente no país.

5.Porque o Estado prioriza a política do endividamento, ao invés das políticas sociais, provocando a migração dos jovens para outros países, o desemprego e a descrença no futuro.

6.Porque o sistema penitenciário brasileiro não tem cumprido sua função social de controle, reinserção e reeducação dos agentes da violência, ao contrário, em demonstrado ser uma escola do crime.

7.Porque nenhum tipo de experiência na cadeia pode contribuir para o processo de reeducação e reintegração dos jovens da sociedade.

8.Porque os crimes cometidos por adolescentes não atingem a 10% do total dos crimes praticados no Brasil.

9.Porque já existem penas previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), com a aplicação de medidas sócioeducativas.

10.Porque os adolescentes e jovens precisam ser reconhecidos/as como sujeitos desta sociedade e, portanto, merecem cuidado, acolhida, respeito e, principalmente, oportunidades.

9 de maio de 2009

Meu Bem



Uma casa no campo com uma rede cor de laranja na varanda e o meu bem cerrando seus olhos pequeninos ao adormecer.
Fico a pensar se estou eu a sonhar demais, por olhar nos mesmos olhos e as vezes pensar que não parecem reais de tão verdadeiros que os sinto. Tão bonito, tão intenso, o não poder estar sem seu olhar. Mas tão difícil, tão perturbador o tentar entender certas coisas. Coisas dele, da sua historia, anteriores a mim, mas agora não exteriores a nós.
E não importa o que eu diga. Pois nunca saberei dizer ao certo o que se passa em minha mente quando momentos como esses acontecem, mas sei que seja o que for, sempre passa e o que fica pra mim é só o bem que o meu bem me faz.

4 de maio de 2009

Fragmentos de uma conversa sem fim

O desejo de fugir para longe
Remete-me ao sofrimento de ter que esquecer
Qual será o vazio pior?

Vejo seus olhos brilharem mais do que todas as luzes
E os meus como os teus

Saudade da presença que influencia meu ser
O momento em que tomamos consciência
[da enormidade que nos envolve.

Eu queria parar de sentir
O querer de apenas sumir
Eu quero e não quero as mesmas coisas

E apesar de estar morrendo por dentro todos os dias
[ela me traz vida e modifica minha vida
Espanto-me ao perceber que minha vida é dela
[e vida dela é minha

Por tantas vezes ultimamente
Vejo-me exposta a todos os outros
Meus anseios, minhas feridas
E pior: meus medos

Tão vulnerável e desprotegida de minhas muralhas
Tudo ocorrendo ao mesmo tempo

E a explosão de emoções, preocupações.
Provocando controvérsias
E o que eu gosto e não quero
Faz-me bem e mal ao mesmo tempo

Para não sentir-me sozinha
Vivo minhas efemeridades com afinco
E no fim o mesmo vazio...

Eu queria que você não me amasse como eu te amo
Assim eu poderia te esquecer sem remorso
Mas sei que não quero esquecer
E eu sei que muitos não entendem

Antes éramos dois
Agora um único indivíduo
E será que agüentaríamos a dor do repartir
De nossa alma completa em duas imperfeitas
[em uma possível separação?

Não quero pensar nisso
Mas só vivo pensando

E sei que quem ama nunca é feliz
Apenas tem doses homeopáticas de felicidade
E sei também que nada dura para sempre
Mas no único segundo em que estou com ela
Eu sinto toda a força do mundo
E este único segundo tem mais valor
Que uma vida inteira sem graça

Que eu morra de dor todos os dias
Mas qual será a dor pior?

1 de maio de 2009

Amor Amigo

Eu odeio um amor
Digo que odeio para não saberem que é grande
Finjo que odeio para não amar muito mais
E na verdade não odeio nada, não digo nada e não finjo nada.
O meu amor é amigo. Ou melhor, melhor amigo. E nunca disse isso a ele. Mas ele sabe que é parte do meu alicerce e que se não fosse por ele, talvez eu caísse, nunca mais me reconstruiria ou talvez nunca tivesse me edificado.
O meu amigo é frágil e por isso mesmo forte. Ele chora, sente, sorri e quebra a porcelana mostrando sangue e carne. Mas poucos vêem. Poucos estão interessados em ver.
Eu nem sei se ele tem noção dessas coisas todas. E se tiver, eu saberei. Talvez por ele sempre me contar, talvez por eu conhecer o seu olhar ou simplesmente por conhecê-lo.
Não é apenas um sorriso bonito não é? É muito mais que isso.

“...estava do meu lado quando eu mais precisei, quando tudo estava caindo, quando eu não tinha forças...”